segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Deficiência mudou de nome, agora é PAC

É através do caos aéreo que o brasileiro está descobrindo outras precariedades quando se trata de transporte. Mesmo com um programa para destravar investimentos em infra-estrutura, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é praticamente inotável à olho nú qualquer tipo de progresso.

A alternativa que restou, com toda essa crise aérea, foi viajar pelas rodovias. Onde mais uma vez o cidadão acaba lesado. Hora pela precariedade das rodovias, hora pelos ambulantes que já sabem que em certos trechos formam-se trânsitos, e por sua vez, alojam-se dentre uma faixa e outra, nos confundindo a ponto de pensarmos se estamos mesmo numa rodovia ou numa feira livre. Mas nesse texto não darei tanta ênfase ao cidadão, como puderam perceber, e sim, a “crise da infra-estrutura”, porque ainda não sei ao certo que “cargas d’água” não levou este nome. Até porque não fosse por essas deficiências o produto interno bruto (PIB) do Brasil poderia ser cerca de 250 bilhoes de reais maior. O que não deixa de atingir a todos.

Segundo uma pesquisa realizada pela revista Veja, morre-se tanto por acidente em trechos mal conservados de ruas e rodovias brasileiras quanto em atentados terroristas na rodovia que liga o centro de Bagdá a principal aeroporto do Iraque. 6.000 pessoas morrem, a cada ano, apenas nas estradas federais. Nessas condições, é mais difícil, mais caro e mais lento transportar mercadorias pelo país. No Brasil, o frete é mais caro do que ns países desenvolvidos. O que torna a economia menos eficiente, e com um potencial crescimento mais baixo.

Somente 8% das rodovias brasileiras são asfaltadas – e quase todas elas estão em condições ruins ou péssimas. E 10.000 quilômetros, estão sob administração privada, o que equivale a 5%, dos 8% citados acima.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Partido dos Trabalhadores? Onde!

“ Eu não estou fazendo comício. Mas se alguns quiserem brincar de democracia, eles sabem que neste país ninguém sabe colocar mais gente na rua do que eu”
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apos ouvir esta frase, pergunto-me. Onde esteve esses anos todos, esse “tom” autoritário do Presidente. Já estava acreditando que no Brasil, qualquer pessoa ordenava mais que ele – Lula -. Poderia ser diferente. Quão bom seria se esse “tom” surgisse em épocas como o mensalão - alguém se lembra do mensalão? – aonde o Presidente era o único que não sabia de nada, sem falar de quantas vezes negou “saber” de fatos que o cercavam ou os cercam em tantas operações e CPIs.

Não que eu use ditos populares, mas acredito que nesse caso cai bem, minha avó já dizia que “um dia a máscara cai”. É, será que a do Presidente está caindo? Ora, semana passada foi publicado no jornal Folha de São Paulo, um artigo escrito por Luiz Inácio Lula da Silva antes de ser eleito Presidente da República, em que falava sobre o caos e descaso aéreo, inclusive, cobrava do atual Presidente, Fernando Henrique Cardoso, medidas a serem tomadas, e, “esbanjava” bons conselhos sobre como lidar com a situação, afirmava ainda estar ciente sobre a crise.

E agora o que temos? Um Presidente que diz não saber sobre os problemas da crise aérea que já estendiam-se de outros governos, e o pior, nem ao menos os próprios conselhos foram seguidos. Tem também o “caso” de juras de companheirismo eterno com Renan Calheiros, que esse prefiro nem falar, pessoas que aprenderam a roubar no governo Fernando Collor...vamos deixar para uma outra conversa.

Agora, chato mesmo, foi quando no dia 27 passado, em Natal, o Presidente fala “ A gente cuida daquele mais fraquinho” referindo-se ao cuidado especial que tem pelo Nordeste. Filho fraquinho Presidente? Não é o senhor que sempre falou da força e da garra do povo nordestino. Já se esqueceu de como é a vida por lá? Quero acreditar que não! Até porque ninguém se esquece, tão facilmente assim, de uma viagem feita num pau-de-arara de Garanhuns – PE à cidade de São Paulo. Ou será que esquece?

Por fim, só não me venha dizer que o PT é o partido mais comprometido com a justiça social, com as causas dos trabalhadores, com o combate à desigualdade, tendo um representante que enfrenta manifestações de cidadãos infelizes com o governo, dizendo, que estão brincando com a democracia, não, muito pelo contrário, estão usando da democracia para cobrarem do governo, promessas não cumpridas, superfaturamento nas obras, inclusive no PAN, PAC que não sai do papel, crises que não terminam nunca. Não pertenço ao movimento “Cansei”, mas ei de concordar que todas essas falcatruas e falsidades, cansam.

E aquele que pensou que o Presidente é bonzinho, “bobinho”, que não sabe de nada, se enganou “redondamente”. Até porque quem foi líder a vida toda, não seria na situação de Presidente da República, que deixaria de ser autoritário.